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Mensagem de blogue por Coordenação Pedagógica SCORING

Quando o e-learning é mais eficaz que outras modalidades de formação


Quando o e-learning é mais eficaz que outras modalidades de formação


É fundamental formar os colaboradores em áreas transversais ao business core da empresa, como é o caso da Qualidade, Segurança e Saúde no Trabalho, Marketing, Recursos Humanos, entre muitas outras.


A formação profissional afigura-se como uma oportunidade de desenvolvimento e aperfeiçoamento de competências ao longo da vida que, posteriormente, se reflete no desempenho profissional e motivação dos indivíduos, na produtividade das equipas e, em última instância, no desenvolvimento das empresas. Daí, não é de estranhar, que o quadro legal português exija a frequência de, pelo menos, 40 horas anuais de formação profissional para os colaboradores de uma empresa. 

Neste âmbito, a formação mais relevante é a que está focada nos processos básicos do dia-a-dia da entidade, com o intuito de capacitar os seus colaboradores para os procedimentos essenciais da empresa. Esta gestão da formação interna dos colaboradores de uma empresa é um processo que se pretende que seja dedicado, acompanhado e ajustado às necessidades de cada um, com planos de formação individualizados e à medida. E é com base nestas especificidades que o e-learning se afirma como a melhor opção para a formação profissional.





EM QUE CONSISTE O E-LEARNING?

O e-learning suporta-se numa tecnologia em ampla expansão e utilização, cada vez mais acessível a todos os cidadãos, e que permite o desenvolvimento de cenários de aprendizagem altamente flexíveis, individualizados e disponíveis, a partir de qualquer dispositivo com acesso à Internet, “a qualquer hora e em qualquer lugar”.

ENTÃO, E QUE OUTROS ASPETOS DO E-LEARNING SE ASSUMEM COMO UMA MAIS-VALIA PARA AS EMPRESAS EM COMPARAÇÃO COM A FORMAÇÃO PRESENCIAL?

Ambas as modalidades apresentam vantagens e desvantagens, contudo o e-learning assume-se, cada vez mais, como uma alternativa de qualidade à formação presencial, na qual é exigida a deslocação dos colaboradores, o cumprimento de horários nem sempre compatíveis com as necessidades dos indivíduos e respetivas entidades empregadoras, sem falar nos custos decorrentes, quer da formação em si, quer da ausência dos colaboradores da empresa.


Formação e-learning vs. Formação presencial



O e-learning apresenta, assim, um conjunto vasto de vantagens face à formação presencial, incluindo ainda as seguintes:

  • A possibilidade de constituir “turmas” e garantir a realização da ação de formação, mesmo em pequenas empresas;
  • Cada colaborador pode ter um plano de formação específico, não havendo necessidade de todos os colaboradores frequentarem os mesmos cursos, ou seja, cada um faz formação nas áreas em que realmente sente necessidade e/ou interesse;
  • O formando gere a realização do curso e das suas atividades, de acordo com as disponibilidades pessoais e profissionais e ao seu próprio ritmo;
  • O formador assume um papel de facilitador e orientador das aprendizagens, na medida em que os conteúdos são previamente criados e disponibilizados, dando assim oportunidade para este se dedicar ao acompanhamento e tutoria dos seus formandos;
  • De salientar ainda, o papel ativo do formando na construção do seu próprio conhecimento, levando-o a aprendizagens mais significativas, ricas, contextualizadas e duradouras.



EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO E-LEARNING

As modalidades de Ensino e Formação à Distância (EFaD) têm-se desenvolvido a par das evoluções tecnológicas subjacentes à época em que surgiram (ver quadro seguinte). Por exemplo, o “ensino por correspondência” aproveitou o desenvolvimento do correio para fazer chegar manuais e outros materiais impressos, a quem de outra forma não tinha acesso ao conhecimento ou possibilidade de se deslocar para aprender. 

Uma outra modalidade à distância com grande impacto no nosso país, na década de 80 do século passado, foi a Telescola, onde um “novo” meio de comunicação – a televisão, foi usado em proveito dos ideais da Educação e Formação: proporcionar a todos os indivíduos iguais oportunidades de aprender, sem limitações geográficas, económicas e sociais.



Atualmente, podemos até dizer que vivemos uma nova geração do EFaD – o m-Learning, potenciada pelo uso generalizado dos dispositivos móveis, como tablets e smartphones, e pelo desenvolvimento de plataformas e conteúdos responsivos, que se ajustam a qualquer tipo de dispositivo.



MITOS DO E-LEARNING

Sabia que a formação e-learning tem o mesmo valor da formação presencial? Este é um dos mitos do e-learning e que se desmistificam a seguir:

-“O formando está sozinho e sem apoio do formador”

O formando nunca está sozinho pois, a qualquer momento, pode contactar com o formador/tutor, por exemplo por mensagem ou nas datas acordadas para sessões síncronas, tendo assim a oportunidade de esclarecer dúvidas diretamente com o formador e obter feedback ajustado às suas necessidades. 

No e-learning, os conteúdos de aprendizagem são criados a pensar na relação entre formando e formador, recorrendo-se a uma linguagem mais próxima, direta e simples, com conteúdos diversificados e que respondem aos diferentes estilos de aprendizagem, com vista a uma redução da “distância” que é geográfica, mas não temporal.

-“A formação e-learning não tem a mesmo legitimidade que a formação dita tradicional”

A formação e-learning é tão válida como a formação profissional e os certificados emitidos têm o mesmo reconhecimento legal. Se restavam dúvidas sobre a reputação do e-learning, estas foram minimizadas, senão eliminadas, nos últimos dois anos, onde, face à pandemia COVID-19, o e-learning se tornou a regra e não a exceção.

-“Num curso e-learning, o formando apenas tem de ler e responder a testes onlines”

Muito ao contrário do que se pensa, um curso e-learning é tão exigente em termos de trabalho a efetuar pelo formando como um curso presencial, podendo coexistir diferentes tipos de conteúdos e atividades, como submissão de trabalhos, testes online, fóruns de discussão (para debates ou reflexões) e diferentes tipos de conteúdos interativos, que poderão conter também atividades formativas.

-“Um curso e-learning exige a presença online do formando nas datas e horas estabelecidas no cronograma”

Existem diferentes modelos de e-learning: tanto existem modelos centrados apenas em sessões síncronas (com datas e horas marcadas), como também modelos mais flexíveis, com uma componente de formação assíncrona (ao ritmo do formando e de acordo com a sua disponibilidade – também designados de momentos de autoestudo) e uma outra componente de formação síncrona (em situações e momentos pontuais da formação).

-“Fazer um curso e-learning exige ter um forte conhecimento da tecnologia”

Para a frequência de um curso e-learning necessita de ter apenas conhecimentos básicos de navegação na Web, que a grande maioria dos portugueses parece já possuir – segundo dados do início deste ano, existem em Portugal mais de 8.63 milhões de utilizadores de Internet, com uma taxa de distribuição da rede a rondar os 85% do território nacional, tendo-se registado mais de 16.07 milhões de conexões em dispositivos móveis (Fonte: https://datareportal.com/reports/digital-2022-portugal).




 Bárbara Godinho

    (Especialista em e-Learning)


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